Libertar Portugal<br>da submissão ao euro
A campanha do PCP «Produção, emprego, soberania. Libertar Portugal da submissão ao Euro» constou, sábado, de diversas iniciativas no distrito de Leiria.
O deputado do PCP no Parlamento Europeu Miguel Viegas esteve no dia 25 em Leiria a participar em diversas iniciativas relacionadas com a necessidade de libertar o País do euro, acompanhado por Ângelo Alves, da Comissão Política, Filipe Rodrigues, do Comité Central, e vários outros dirigentes regionais. A comitiva do PCP passou pelos concelhos de Pombal, Leiria e Marinha Grande.
Durante a manhã, a delegação do Partido esteve no centro da cidade de Leiria para uma ronda de contactos e reuniões com comerciantes locais. Em destaque estiveram as questões relacionadas com a crise no comércio tradicional e as medidas necessárias para a combater. Em seguida, em Pombal, houve um almoço com agricultores desse concelho e aquela que foi a principal iniciativa da jornada: o debate «Libertar Portugal da submissão ao Euro; Renegociar a dívida; Controlo público da banca». A moderação esteve a cargo de Fernando Domingues, da Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP (DORLEI) e responsável pelo concelho de Pombal, e as intervenções centrais foram de Miguel Viegas e Ângelo Alves.
Ao final da tarde, a comitiva dirigiu-se para a Marinha Grande, onde esteve reunida com a recém-eleita direcção da Cooperativa de Consumo «Coopovo». Os dirigentes e eleitos comunistas tiveram ainda a oportunidade de visitar as instalações da cooperativa e contactar com os seus associados e trabalhadores.
Aproveitar potencialidades
A campanha, que decorre até ao final do primeiro semestre, levará aos vários concelhos, locais de trabalho e sectores produtivos do distrito de Leiria as propostas do PCP para um novo rumo de desenvolvimento económico e social, realça em comunicado a DORLEI. No distrito, realizar-se-ão jornadas temáticas, cuja programação será apresentada em breve.
Para os comunistas de Leiria, o País tem grandes potencialidades de desenvolver o sector da pesca, ou não tivesse Portugal a maior Zona Económica Exclusiva da Europa. No distrito, onde há importantes portos de pesca, particularmente em Peniche e na Nazaré, estas potencialidades «continuam subaproveitadas e condicionadas por decisões externas na gestão dos recursos e da frota pesqueira nacional».
Já na agricultura, assume a DORLEI, as consequências da integração de Portugal na União Europeia ficaram claras no encontro com os agricultores, nomeadamente por via do esmagamento dos preços pagos ao produtor e às importações cada vez mais volumosas de bens alimentares. O PCP defende um modelo de produção agrícola baseado na pequena e média agricultura familiar, como única forma de garantir uma coesão social e territorial, combatendo a desertificação. A Coopovo, acrescenta-se no comunicado, «persiste em demonstrar que são possíveis modelos alternativos de consumo», no que pode constituir um exemplo a multiplicar.